O Paraná tem 399 municípios. Mas é em Curitiba que se pode encontrar as escolas que se encontram nos dois extremos da nova lista divulgada pelo Ministério da Educação. Na medição feita pelo Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2007, a escola municipal São Luís, entre os bairros Água Verde e Batel, só tem o que comemorar. Ficou com a maior média do estado: 7,1. É também na capital que está o menor Ideb paranaense. A nota 2,8 foi aplicada às séries iniciais da educação básica na escola municipal Madre Antônia, no Tarumã.
As médias do Ideb por escolas e municípios foram divulgadas ontem no site Instituto de Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep) e variam de 0 a 10. Apesar dos altos e baixos, porém, Curitiba obteve um bom resultado geral no índice. Com nota 5,1, manteve-se pela segunda vez consecutiva como a capital do país com melhores notas de 1ª a 4ª séries (veja mais no infográfico). O menor Ideb (3,2) foi de Belém, no Pará.
Tunas do Paraná fica em último lugar; Ivatuba é a melhor
A cidade de Tunas do Paraná, na região do Vale da Ribeira, ficou com o pior Ideb do estado em 2007, tanto nas séries iniciais como nas finais do ensino fundamental. A prefeita da cidade, Nalinês Zanon, usa um discurso conhecido para justificar as notas 3,1 e 2,7: “Pegamos o município em situação precária. Agora estamos investindo cerca de 25% do orçamento com educação. O resultado demora para aparecer”. Com melhora ou não, uma coisa é certa: Nalinês vai tentar a reeleição para “dar continuidade no trabalho”.
Leia a matéria completa
Já na avaliação feita de 5ª a 8ª séries, Curitiba está em segundo lugar entre as capitais brasileiras, com média 4,1. O menor índice (2,3) é de Recife, em Pernambuco. A maior média por escolas, entre as séries finais do ensino fundamental, foi 6,2, para a Aline Pichetti, de administração estadual. O menor desempenho ficou com a escola José Almeida, em Mariluz, na região noroeste, com 1,6.
Ranking
Na avaliação da secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, o Ideb reafirma a falta de equilíbrio do ensino público ofertado no país. Essa é a segunda vez que o índice está sendo divulgado em âmbito nacional – a primeira ocorreu no ano passado. “Não queremos buscar uma competição vazia, mas focar as políticas públicas nos pontos frágeis e possibilitar que todos conheçam onde estão as boas experiências”, afirma.
Para Pilar, o fato de encontrar numa cidade, como ocorreu em Curitiba, o menor e o maior Ideb de um estado, revela a diversidade na educação devido às desigualdades sociais e culturais existentes. “A avaliação é nosso termômetro. Mas não adianta só medir a febre e não fazer nada, se não a pessoa morre. Queremos fazer com que todas as escolas públicas sejam boas. Mas os resultados em educação demoram para ser vistos”, afirma.
Diferenças
Para a secretária de Educação de Curitiba, Eleonora Fruet, existem diferenças entre as escolas da rede municipal, mas nada que justifique o baixo desempenho obtido pela Madre Antônia. Se comparada com a avaliação de 2005, a escola caiu de 4,9 para 2,8 – uma diferença de 2,1 pontos. “Se nos basearmos na trajetória pedagógica e no rendimento da escola, não tem o explique esse resultado tão negativo”, diz. A secretária acredita que um erro na aplicação das provas pode não ter sido considerado na tabulação dos resultados. “Cerca de 20% dos gabaritos das provas de Português e Matemática foram trocados. A avaliadora sabia e disse que a troca seria considerada. Vamos investigar com o Inep (responsável pela avaliação) o que ocorreu”, diz. De acordo com a secretária de Educação Básica do MEC é muito difícil que um erro assim ocorra. “Mas essa dúvida pode ser conversada”, afirmou.
Melhores e piores
A direção da escola que obteve o melhor desempenho de 5ª a 8ª séries do estado, a Aline Pichetti, localizada no bairro Ahú, em Curitiba, ficou surpreendida com a notícia do salto de um índice 4,2 em 2005 para o atual 6,2, informado pela reportagem da Gazeta do Povo. “Você tem certeza disso?”, indagou com surpresa a diretora Maria do Carmo Riekes. Após acreditar no resultado, Maria do Carmo explicou que a gestão, os professores, a comunidade e os próprios alunos tentam sempre fazer o melhor dentro do colégio, que abriga cerca de 290 alunos nas séries finais do fundamental. “Cobramos muito de nossos estudantes. Estou admirada com tão bom desempenho. Atingimos a meta do país, mas sempre temos que procurar melhorar”, diz.
A meta a que a diretora Maria do Carmo se refere é a nota 6,0, estabelecida pelo governo federal como referência a ser atingida por todas as escolas públicas até o ano de 2021. Com o bom desempenho tanto nas séries iniciais quanto finais, a capital já atingiu metas que estavam estabelecidas para os anos de 2009 e 2011, respectivamente.
As médias do Ideb por escolas e municípios foram divulgadas ontem no site Instituto de Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (Inep) e variam de 0 a 10. Apesar dos altos e baixos, porém, Curitiba obteve um bom resultado geral no índice. Com nota 5,1, manteve-se pela segunda vez consecutiva como a capital do país com melhores notas de 1ª a 4ª séries (veja mais no infográfico). O menor Ideb (3,2) foi de Belém, no Pará.
Tunas do Paraná fica em último lugar; Ivatuba é a melhor
A cidade de Tunas do Paraná, na região do Vale da Ribeira, ficou com o pior Ideb do estado em 2007, tanto nas séries iniciais como nas finais do ensino fundamental. A prefeita da cidade, Nalinês Zanon, usa um discurso conhecido para justificar as notas 3,1 e 2,7: “Pegamos o município em situação precária. Agora estamos investindo cerca de 25% do orçamento com educação. O resultado demora para aparecer”. Com melhora ou não, uma coisa é certa: Nalinês vai tentar a reeleição para “dar continuidade no trabalho”.
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Já na avaliação feita de 5ª a 8ª séries, Curitiba está em segundo lugar entre as capitais brasileiras, com média 4,1. O menor índice (2,3) é de Recife, em Pernambuco. A maior média por escolas, entre as séries finais do ensino fundamental, foi 6,2, para a Aline Pichetti, de administração estadual. O menor desempenho ficou com a escola José Almeida, em Mariluz, na região noroeste, com 1,6.
Ranking
Na avaliação da secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, o Ideb reafirma a falta de equilíbrio do ensino público ofertado no país. Essa é a segunda vez que o índice está sendo divulgado em âmbito nacional – a primeira ocorreu no ano passado. “Não queremos buscar uma competição vazia, mas focar as políticas públicas nos pontos frágeis e possibilitar que todos conheçam onde estão as boas experiências”, afirma.
Para Pilar, o fato de encontrar numa cidade, como ocorreu em Curitiba, o menor e o maior Ideb de um estado, revela a diversidade na educação devido às desigualdades sociais e culturais existentes. “A avaliação é nosso termômetro. Mas não adianta só medir a febre e não fazer nada, se não a pessoa morre. Queremos fazer com que todas as escolas públicas sejam boas. Mas os resultados em educação demoram para ser vistos”, afirma.
Diferenças
Para a secretária de Educação de Curitiba, Eleonora Fruet, existem diferenças entre as escolas da rede municipal, mas nada que justifique o baixo desempenho obtido pela Madre Antônia. Se comparada com a avaliação de 2005, a escola caiu de 4,9 para 2,8 – uma diferença de 2,1 pontos. “Se nos basearmos na trajetória pedagógica e no rendimento da escola, não tem o explique esse resultado tão negativo”, diz. A secretária acredita que um erro na aplicação das provas pode não ter sido considerado na tabulação dos resultados. “Cerca de 20% dos gabaritos das provas de Português e Matemática foram trocados. A avaliadora sabia e disse que a troca seria considerada. Vamos investigar com o Inep (responsável pela avaliação) o que ocorreu”, diz. De acordo com a secretária de Educação Básica do MEC é muito difícil que um erro assim ocorra. “Mas essa dúvida pode ser conversada”, afirmou.
Melhores e piores
A direção da escola que obteve o melhor desempenho de 5ª a 8ª séries do estado, a Aline Pichetti, localizada no bairro Ahú, em Curitiba, ficou surpreendida com a notícia do salto de um índice 4,2 em 2005 para o atual 6,2, informado pela reportagem da Gazeta do Povo. “Você tem certeza disso?”, indagou com surpresa a diretora Maria do Carmo Riekes. Após acreditar no resultado, Maria do Carmo explicou que a gestão, os professores, a comunidade e os próprios alunos tentam sempre fazer o melhor dentro do colégio, que abriga cerca de 290 alunos nas séries finais do fundamental. “Cobramos muito de nossos estudantes. Estou admirada com tão bom desempenho. Atingimos a meta do país, mas sempre temos que procurar melhorar”, diz.
A meta a que a diretora Maria do Carmo se refere é a nota 6,0, estabelecida pelo governo federal como referência a ser atingida por todas as escolas públicas até o ano de 2021. Com o bom desempenho tanto nas séries iniciais quanto finais, a capital já atingiu metas que estavam estabelecidas para os anos de 2009 e 2011, respectivamente.
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